SEM PECADO

 


Havíam sempre maçãs e a qualquer pretexto oferecía de mão esticada uma peça, muito lustrada, tão brilhante que se espelhava a boca que nela mordía.
À primeira dentada ficava a observar, imitava os seus nos lábios alheios a colarem-se na pele da fruta, depois a aconchegarem-se para firmar os dentes na carne da maçã, o arrancar, a economia do suco pelas comissuras.
Só então falava.
Que era boa, que maçãs eram sempre coisa boa, como poderiam ser coisa do diabo, de um veneno entregue em mãos como símbolo de um pecado entre os homens e as mulheres.
Depois calava-se ao ver o resto triste roído junto às sementes.
Matara a fome a mais um, mais uma, quantos viessem e se não fosse por apetite, fora gula, paixão ou encantamento do próprio de se ver reflectido no próprio fruto a comer.

NÃO É SUZETTE

 


Não é o Top dos crepes mas é doce, bonito, colorido e cai sempre bem!



*Crepe forrado com creme de chocolate e guarnição de morangos frescos e chantilly

SABORES&SABORES

 


Quero que me surpreendas, que me divirtas o palato em doces e salgados, em palavras manuseadas por chefs de 1ª com estrelas de premiação na tua voz sussurrada ao meu coração. Coisas tolas são sempre benvindas, entremeios de garfadas com toques de dedos entre reticências adivinhadas no paladar servido a contento. Será acre, ácido ou nem por isso? Tudo isso e mais um pouco, que no final eu mereço um brinde a mais um Ano de sabores a divertir!