Tinha um sorriso muito especial, não muito rasgado daqueles em que se exibem os dentes ou a ponta da língua espreita, mas os lábios arqueavam-se numa forma crescente de felicidade que comunicava contagiante a vontade dos outros sorrirem.
Eram uns lábios vermelhos que pareciam colorirem-se de permanente suco de groselhas, uma fruta sumarenta e brilhante que adocicava as palavras que proferia por mais simples que fossem.
Tinha o sabor de ser feliz.
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